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O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) informou nesta segunda-feira (15), após testagem, que foi confirmado a existência de três casos de Influenza Aviária no Brasil.
Foram registros em aves migratórias costeiras, incluindo 02 aves da espécie Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando) e 01 ave da espécie Sula leucogaster (atobá-pardo) – encontrados em praias dos municípios de Marataízes e de Vitória.
Veja o mapa abaixo:
É importante lembrar que a situação não ocorreu dentro do sistema industrial brasileiro, que segue os mais rígidos protocolos de biosseguridade, e estão descritos ao final deste documento.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que a entidade e todo o setor produtivo estão mobilizados para a rápida solução do problema, reunidos em um comitê de crise denominado Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (GEPIA).
Este documento contém informações relevantes sobre a doença, o produto e as ações em andamento, direcionadas aos clientes da agroindústria avícola do Brasil no âmbito comercial, tanto de varejo como atacado.
O QUE É GRIPE AVIÁRIA?
Cientificamente denominada como Influenza Aviária, é uma doença viral que afeta especialmente as aves. Podem alcançar aves silvestres (terrestres e aquáticas), aves domésticas ou de produção.
Nas aves, o vírus da Influenza Aviária é eliminado nas fezes e nas secreções respiratórias. Assim, podem ser transmitidos através do contato direto com secreções de aves infectadas, especialmente através de fezes ou através de alimentos e água contaminados.
RELEVANTE: As infecções por influenza em aves são divididas em dois grupos com base em sua patogenicidade:
A Ficha Técnica da Influenza Aviária é um documento de referência do MAPA que traz informações
relevantes sobre a doença e ações previstas em caso de suspeita e ou ocorrência.
AFETA HUMANOS?
A contaminação por humanos é extremamente rara. Quando acontece, geralmente está relacionada ao contato direto com as aves infectadas. Isto é atestado por todos os órgãos internacionais de saúde animal e humana, como OMS, FAO, USDA, OMSA e outros.
AFETA PRODUTOS?
É totalmente seguro o consumo da carne de aves e ovos manipulados e preparados apropriadamente como em qualquer situação. Sendo assim, as recomendações aos consumidores seguem as mesmas de sempre: manter as práticas normais de higiene pessoal (como lavar as mãos com água e sabão), dos utensílios e dos alimentos, além de cozinhar os produtos.
Isso porque não há dados epidemiológicos que sequer indiquem que a doença possa ser transmitida ao homem por meio de alimentos cozidos (mesmo que TIVESSEM contaminados com o vírus antes do cozimento). Isto também é atestado por todos os órgãos internacionais de saúde animal e humana.
Também é preciso esclarecer que apesar de não apresentar riscos ao consumidor, de maneira preventiva, toda a produção oriunda de aves infectadas, seria descartada ainda na granja – conforme estabelecido pelas normas vigentes.
QUEM LIDERA O ENFRENTAMENTO DA SITUAÇÃO?
O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil está à frente das ações de monitoramento e contingenciamento. Além de uma ampla estrutura, o Governo Federal conta com a estrutura das agências de defesa de todos os estados brasileiros.
Desde o início da crise global de Influenza Aviária (especialmente após a chegada da enfermidade à América do Sul, no último trimestre de 2022), o Ministério e as Secretarias dos Estados vinham se preparando para uma eventual ocorrência, incluindo a realização de simulados e outras medidas.
No âmbito privado e em articulação com o Governo Federal e os Estados, a liderança é feita pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no âmbito do Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (GEPIA), composto por técnicos e lideranças das agroindústrias do setor.
COMO É A ATUAÇÃO DO MAPA COM RESPEITO À INFLUENZA AVIÁRIA?
Vigilância: O MAPA possui um Plano de Vigilância para Influenza Aviária e Doença de Newcastle (1) que tem como finalidade a prevenção da infecção e manutenção da situação do país de livre dessas enfermidades que são de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Atendimento de Suspeita: No Brasil, qualquer suspeita de IA, é de notificação obrigatória e imediata ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). O MAPA orienta os critérios para definição de suspeita, casos e processo de investigação na Ficha Técnica da Influenza Aviária (2);
Ações em caso de Ocorrência: A confirmação de um foco requer aplicação das medidas de contenção e erradicação previstas no Plano de Contingência do MAPA (3)
(1) PLANO DE VIGILÂNCIA IA E DNC https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saudeanimal/programas-de-saude-animal/pnsa/PlanodevigilnciaIADNC_06_07_2022.pdf
(2) Ficha técnica INFLUENZA AVIÁRIA https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-evegetal/saude-animal/programas-de-saude-nimal/pnsa/imagens/copy_of_FichaTcnica_INFLUENZA_abril_20.pdf
(3) PLANO DE CONTINGÊNCIA IA E DNC – https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-evegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/imagens/PlanodeContingenciaIAeDNCVersao1.42013.pdf
FALTARÃO PRODUTOS?
A situação não alcançou a produção COMERCIAL brasileira, por isso, não há, em princípio, qualquer mudança em relação ao abastecimento interno de produtos.
AS EXPORTAÇÕES SERÃO SUSPENSAS?
A princípio, segundo as recomendações da OMSA (artigo 10.4.1), o fluxo comercial de produtos deve ser mantido e não há alteração do status sanitário do país perante o órgão, seja em ocorrência de aves silvestres ou de fundo de quintal. O mesmo ocorre no caso de registro de Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade. Neste sentido, não é esperada a interrupção das exportações, salvo decisão unilateral de algum eventual mercado.
SITUAÇÃO BRASIL:
Até agora, o Brasil nunca havia registrado Influenza Aviária em seu território.
A avicultura industrial do Brasil é a segunda maior do mundo em produção e é líder mundial em exportações desde 2005. Nossa forte presença internacional tem relação direta com o status sanitário de excelência do país, além da elevada qualidade dos produtos e o perfil sustentável de nossa produção.
Este status sanitário é mantido graças, entre outros motivos, aos elevados padrões de biosseguridade estabelecidos pelo Brasil. Veja alguns dos protocolos adotados:
Setorialmente há acordo para cumprimento do Protocolo de Biosseguridade da ABPA. Nele, estão previstas diversas recomendações de prevenção, relacionadas ao trânsito de pessoas, que inclui a suspensão de visitas em estabelecimentos (unidades produtivas) e a determinação de cumprimento obrigatório de quarentena de 14 dias previamente à visita aos demais estabelecimentos.
Aqui está o link para o protocolo da ABPA em versões nas Línguas Portuguesa e Inglesa: https://abpa-br.org/tecnico/
AÇÕES DE PREVENÇÃO:
Além das diversas medidas adotadas pelo setor para “blindagem sanitária”, os setores públicos e privados estão em ampla campanha de conscientização sobre a importância da adoção de medidas de biosseguridade e da rápida informação às autoridades sanitárias em caso de identificação de algum foco.
O Ministério da Agricultura lançou recentemente a campanha: “Influenza Aviária? Aqui não”, que reúne uma ampla estratégia de divulgação de informações para públicos específicos. O hotsite da campanha está disponível no link: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/influenza-aviaria
Pelo setor privado, também há uma intensa campanha realizada pela ABPA e suas associadas junto aos diversos elos do setor produtivo, lideradas e estruturadas no âmbito do Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (GEPIA) – composto pela alta cúpula das empresas do setor, juntamente com o corpo diretivo da ABPA.
O tema também tem sido tratado e clarificado em toda a imprensa nacional, sensibilizando a
sociedade sobre a importância de ações rápidas de mitigação para a preservação da oferta de
alimentos.
MEDIDAS DE CONTINGENCIAMENTO:
Para os setores público e privado, quanto mais rápido e transparente for o processo de identificação de eventuais focos, menor a chance de impactos para a cadeia produtiva e a produção de alimentos do Brasil.
Neste sentido, o Ministério da Agricultura, as Secretarias Estaduais de Agricultura, a ABPA e as entidades dos estados vêm trabalhando conjuntamente em planos de ação já anteriormente estabelecidos.
Há um monitoramento com intensa testagem de casos suspeitos, que foi aumentado após o início
da crise global de Influenza Aviária.
Foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo país, em especial, nas regiões relacionadas a este evento. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pelo MAPA e pelos órgãos estaduais. Mais de 40 mil testes já foram realizados em todo o país – até a ocorrência no Espírito Santo, todos haviam registrado resultado negativo.
No âmbito privado, a ABPA mantém atualizado um plano de contingenciamento que envolve múltiplas responsabilidades, com orientação de ações nas diversas esferas – envolvendo a entidade nacional, entidade estadual, empresas e cooperativas do setor.
Simulados de enfermidades foram realizados, e há um constante trabalho de treinamento e orientação sobre as medidas a serem adotadas pelos técnicos, tanto do setor público, quanto privado – incluindo o abate sanitário no raio de 3 quilômetros do eventual foco, e controle total sobre a circulação de veículos de transporte de animais e rações no raio de 10 quilômetros.
RELEVÂNCIA ECONÔMICA DA AVICULTURA (dados de 2022)
PIB de R$ 120 bilhões
DIVISAS GERADAS COM EXPORTAÇÕES: ≅ US$ 10 bilhões
EMPREGOS: 3,5 milhões (diretos e indiretos); 350 mil (diretos nos frigoríficos);
Cerca de 100 mil famílias de produtores integrados (produtores que atuam no sistema de integração) e independentes;
CARNE DE FRANGO:
OVOS:
Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA
+55 11 3095-3120
O Sindiavipar foi fundado em 19 de novembro de 1992, e representa abatedouros e incubatórios de produtos avícolas paranaenses.
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