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ABPA divulga informações relevantes sobre o caso de influenza aviária no Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) informou nesta segunda-feira (15), após testagem, que foi confirmado a existência de três casos de Influenza Aviária no Brasil.

Foram registros em aves migratórias costeiras, incluindo 02 aves da espécie Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando) e 01 ave da espécie Sula leucogaster (atobá-pardo) – encontrados em praias dos municípios de Marataízes e de Vitória.

Veja o mapa abaixo:

É importante lembrar que a situação não ocorreu dentro do sistema industrial brasileiro, que segue os mais rígidos protocolos de biosseguridade, e estão descritos ao final deste documento.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que a entidade e todo o setor produtivo estão mobilizados para a rápida solução do problema, reunidos em um comitê de crise denominado Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (GEPIA).

Este documento contém informações relevantes sobre a doença, o produto e as ações em andamento, direcionadas aos clientes da agroindústria avícola do Brasil no âmbito comercial, tanto de varejo como atacado.

O QUE É GRIPE AVIÁRIA?

Cientificamente denominada como Influenza Aviária, é uma doença viral que afeta especialmente as aves. Podem alcançar aves silvestres (terrestres e aquáticas), aves domésticas ou de produção.

Nas aves, o vírus da Influenza Aviária é eliminado nas fezes e nas secreções respiratórias. Assim, podem ser transmitidos através do contato direto com secreções de aves infectadas, especialmente através de fezes ou através de alimentos e água contaminados.

RELEVANTE: As infecções por influenza em aves são divididas em dois grupos com base em sua patogenicidade:

  • Influenza aviária altamente patogênica (HPAI): é disseminada rapidamente, causando doença grave com alta mortalidade nas aves (até 100% em 48 horas)
  • Influenza aviária de baixa patogenicidade (LPAI): é geralmente uma doença leve, geralmente sem impactos severos ao animal.

A Ficha Técnica da Influenza Aviária é um documento de referência do MAPA que traz informações
relevantes sobre a doença e ações previstas em caso de suspeita e ou ocorrência.

Acesse pelo link: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-evegetal/saude-
animal/programas-de-saude-animal/pnsa/imagens/copy_of_FichaTcnica_INFLUENZA_abril_20.pdf

AFETA HUMANOS?

A contaminação por humanos é extremamente rara. Quando acontece, geralmente está relacionada ao contato direto com as aves infectadas. Isto é atestado por todos os órgãos internacionais de saúde animal e humana, como OMS, FAO, USDA, OMSA e outros.

AFETA PRODUTOS?

É totalmente seguro o consumo da carne de aves e ovos manipulados e preparados apropriadamente como em qualquer situação. Sendo assim, as recomendações aos consumidores seguem as mesmas de sempre: manter as práticas normais de higiene pessoal (como lavar as mãos com água e sabão), dos utensílios e dos alimentos, além de cozinhar os produtos.

Isso porque não há dados epidemiológicos que sequer indiquem que a doença possa ser transmitida ao homem por meio de alimentos cozidos (mesmo que TIVESSEM contaminados com o vírus antes do cozimento). Isto também é atestado por todos os órgãos internacionais de saúde animal e humana.

Também é preciso esclarecer que apesar de não apresentar riscos ao consumidor, de maneira preventiva, toda a produção oriunda de aves infectadas, seria descartada ainda na granja – conforme estabelecido pelas normas vigentes.

QUEM LIDERA O ENFRENTAMENTO DA SITUAÇÃO?

O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil está à frente das ações de monitoramento e contingenciamento. Além de uma ampla estrutura, o Governo Federal conta com a estrutura das agências de defesa de todos os estados brasileiros.

Desde o início da crise global de Influenza Aviária (especialmente após a chegada da enfermidade à América do Sul, no último trimestre de 2022), o Ministério e as Secretarias dos Estados vinham se preparando para uma eventual ocorrência, incluindo a realização de simulados e outras medidas.

No âmbito privado e em articulação com o Governo Federal e os Estados, a liderança é feita pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no âmbito do Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (GEPIA), composto por técnicos e lideranças das agroindústrias do setor.

COMO É A ATUAÇÃO DO MAPA COM RESPEITO À INFLUENZA AVIÁRIA?

Vigilância: O MAPA possui um Plano de Vigilância para Influenza Aviária e Doença de Newcastle (1) que tem como finalidade a prevenção da infecção e manutenção da situação do país de livre dessas enfermidades que são de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Atendimento de Suspeita: No Brasil, qualquer suspeita de IA, é de notificação obrigatória e imediata ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). O MAPA orienta os critérios para definição de suspeita, casos e processo de investigação na Ficha Técnica da Influenza Aviária (2);

Ações em caso de Ocorrência: A confirmação de um foco requer aplicação das medidas de contenção e erradicação previstas no Plano de Contingência do MAPA (3)

(1) PLANO DE VIGILÂNCIA IA E DNC https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saudeanimal/programas-de-saude-animal/pnsa/PlanodevigilnciaIADNC_06_07_2022.pdf

(2) Ficha técnica INFLUENZA AVIÁRIA https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-evegetal/saude-animal/programas-de-saude-nimal/pnsa/imagens/copy_of_FichaTcnica_INFLUENZA_abril_20.pdf

(3) PLANO DE CONTINGÊNCIA IA E DNC – https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-evegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/imagens/PlanodeContingenciaIAeDNCVersao1.42013.pdf

FALTARÃO PRODUTOS?

A situação não alcançou a produção COMERCIAL brasileira, por isso, não há, em princípio, qualquer mudança em relação ao abastecimento interno de produtos.

AS EXPORTAÇÕES SERÃO SUSPENSAS?

A princípio, segundo as recomendações da OMSA (artigo 10.4.1), o fluxo comercial de produtos deve ser mantido e não há alteração do status sanitário do país perante o órgão, seja em ocorrência de aves silvestres ou de fundo de quintal. O mesmo ocorre no caso de registro de Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade. Neste sentido, não é esperada a interrupção das exportações, salvo decisão unilateral de algum eventual mercado.

SITUAÇÃO BRASIL:

Até agora, o Brasil nunca havia registrado Influenza Aviária em seu território.

A avicultura industrial do Brasil é a segunda maior do mundo em produção e é líder mundial em exportações desde 2005. Nossa forte presença internacional tem relação direta com o status sanitário de excelência do país, além da elevada qualidade dos produtos e o perfil sustentável de nossa produção.
Este status sanitário é mantido graças, entre outros motivos, aos elevados padrões de biosseguridade estabelecidos pelo Brasil. Veja alguns dos protocolos adotados:

  • Em todos os estabelecimentos produtivos há procedimentos de biosseguridade garantidos por barreiras sanitárias como: arco de desinfecção para entrada de veículos, troca obrigatória de roupas e calçados para adentrar o ambiente, cercas circundando a área, telas de proteção que impedem a entrada de pássaros e controle de roedores;
  • Há regulamentos oficiais severos sobre o cumprimento de cuidados sanitários para a preservação da biosseguridade na avicultura brasileira.

Setorialmente há acordo para cumprimento do Protocolo de Biosseguridade da ABPA. Nele, estão previstas diversas recomendações de prevenção, relacionadas ao trânsito de pessoas, que inclui a suspensão de visitas em estabelecimentos (unidades produtivas) e a determinação de cumprimento obrigatório de quarentena de 14 dias previamente à visita aos demais estabelecimentos.

Aqui está o link para o protocolo da ABPA em versões nas Línguas Portuguesa e Inglesa: https://abpa-br.org/tecnico/

AÇÕES DE PREVENÇÃO:

Além das diversas medidas adotadas pelo setor para “blindagem sanitária”, os setores públicos e privados estão em ampla campanha de conscientização sobre a importância da adoção de medidas de biosseguridade e da rápida informação às autoridades sanitárias em caso de identificação de algum foco.

O Ministério da Agricultura lançou recentemente a campanha: “Influenza Aviária? Aqui não”, que reúne uma ampla estratégia de divulgação de informações para públicos específicos. O hotsite da campanha está disponível no link: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/influenza-aviaria

Pelo setor privado, também há uma intensa campanha realizada pela ABPA e suas associadas junto aos diversos elos do setor produtivo, lideradas e estruturadas no âmbito do Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (GEPIA) – composto pela alta cúpula das empresas do setor, juntamente com o corpo diretivo da ABPA.

O tema também tem sido tratado e clarificado em toda a imprensa nacional, sensibilizando a
sociedade sobre a importância de ações rápidas de mitigação para a preservação da oferta de
alimentos.

MEDIDAS DE CONTINGENCIAMENTO:

Para os setores público e privado, quanto mais rápido e transparente for o processo de identificação de eventuais focos, menor a chance de impactos para a cadeia produtiva e a produção de alimentos do Brasil.

Neste sentido, o Ministério da Agricultura, as Secretarias Estaduais de Agricultura, a ABPA e as entidades dos estados vêm trabalhando conjuntamente em planos de ação já anteriormente estabelecidos.

Há um monitoramento com intensa testagem de casos suspeitos, que foi aumentado após o início
da crise global de Influenza Aviária.

Foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo país, em especial, nas regiões relacionadas a este evento. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pelo MAPA e pelos órgãos estaduais. Mais de 40 mil testes já foram realizados em todo o país – até a ocorrência no Espírito Santo, todos haviam registrado resultado negativo.

No âmbito privado, a ABPA mantém atualizado um plano de contingenciamento que envolve múltiplas responsabilidades, com orientação de ações nas diversas esferas – envolvendo a entidade nacional, entidade estadual, empresas e cooperativas do setor.

Simulados de enfermidades foram realizados, e há um constante trabalho de treinamento e orientação sobre as medidas a serem adotadas pelos técnicos, tanto do setor público, quanto privado – incluindo o abate sanitário no raio de 3 quilômetros do eventual foco, e controle total sobre a circulação de veículos de transporte de animais e rações no raio de 10 quilômetros.

RELEVÂNCIA ECONÔMICA DA AVICULTURA (dados de 2022)

PIB de R$ 120 bilhões

DIVISAS GERADAS COM EXPORTAÇÕES: ≅ US$ 10 bilhões

EMPREGOS: 3,5 milhões (diretos e indiretos); 350 mil (diretos nos frigoríficos);

Cerca de 100 mil famílias de produtores integrados (produtores que atuam no sistema de integração) e independentes;

CARNE DE FRANGO:

  • 14,5 milhões de toneladas de carne de frango produzidas (2° maior do mundo)
  • Exportação de 4,8 milhões de ton / US$ 9,762 bilhões (líder mundial)
  • Proteína mais consumida pelo brasileiro, com 45 quilos per capita

OVOS:

  • 52 bilhões de unidades produzidas (1,6 mil ovos por segundo)
  • Consumo de 241 unidades por ano (acima da média mundial, de 230 unidades).

Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA
+55 11 3095-3120

O Sindiavipar foi fundado em 19 de novembro de 1992, e representa abatedouros e incubatórios de produtos avícolas paranaenses.

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