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Curso sobre Influenza Aviária em Cascavel – PR foi nos dias 4 e 5 de março.
A Influenza Aviária é uma das três enfermidades nunca registradas, ou erradicadas do Brasil, que requer notificação imediata de casos suspeitos. As outras duas são a hepatite viral do pato e a rinotraqueíte do peru, mencionadas juntamente com a Influenza Aviária na Instrução Normativa nº 50, de 24 de setembro de 2013.
Com uma abordagem sobre as características do vírus da Influenza Aviária, a bióloga Dra Angélica Regina Cappellari, e a médica veterinária, Dra Yara Tayana Andriola, abriram, no último dia 3 de março, o Curso realizado pela Agroqualitá, em Cascavel (PR).
O evento também contou com palestras do especialista em defesa sanitária animal, Bruno Pessamilio, que abordou, entre outros pontos, como identificar casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves.
Mortalidade de aves maior ou igual a 10% em até 72 horas no caso de galpões de produção; mortalidade súbita e elevada em produções de subsistência; queda súbita, igual ou maior a 10% na produção de ovos e aumento de ovos malformados. Todos esses, entre outros sinais, devem colocar os produtores avícolas e a sociedade em estado de alerta, segundo Pesamilio.
“A notificação imediata ao Serviço Veterinário Oficial é fundamental e pode ser feita através de ferramenta eletrônica disponibilizada pelo Ministério da Agricultura”, salientou o especialista. Segundo ele, a notificação de doenças é um requisito exigido pelos países importadores e sua ausência pode gerar desconfiança e prejudicar a abertura, ou manutenção de mercados.
A partir da notificação, segundo o médico veterinário, o Serviço Veterinário Oficial tem 12 horas para atender o caso e definir se a suspeita procede, ou deve ser descartada. A propriedade onde foi notificado o caso suspeito é interditada, os veterinários do Ministério da Agricultura coletam materiais para diagnóstico laboratorial e é realizada a investigação epidemiológica para encontrar a origem do contágio das aves.
“Na investigação epidemiológica tudo é rastreado, desde a movimentações de aves, produtos avícolas e resíduos de aves, assim como entrada ou saída de pessoas”, salientou Pessamilio. “Por isso, é fundamental que os produtores mantenham registros de rastreabilidade de pessoas, aves, ovos, absolutamente tudo”, completou.
Todo o detalhamento sobre como o poder público, nas esferas nacional, estadual e municipal, trabalha para fazer a vigilância do território e quais diretrizes estão apontadas para a possibilidade de entrada da doença no país, foram apresentados pelo médico veterinário.
Para Ricardo Castilho, que é presidente da Safeeds, que sediou o curso, essa é uma doença que o Brasil ainda não enfrentou e um dos maiores insumos que temos é o conhecimento. “Conhecer essa doença, saber como pensa o Ministério da Agricultura e como pensam os principais técnicos que são os atores do setor avícola é uma ferramenta poderosa para sabermos como agir no caso de uma ocorrência”, afirmou.
Papel das empresas
Para além de todas as medidas relacionadas a biosseguridade, num caso de contingência da doença, a empresa, segundo Bruno Pessamilio, vai ter que auxiliar com mão de obra, materiais e equipamentos para a adoção das ações definidas pelo Serviço Oficial.
Segundo o médico veterinário, um plano de contingência vai exigir equipamentos e materiais para sacrifício das aves. Por isso, identificar fornecedores de materiais, equipamentos, EPIs, prestadores de serviço e treinamento de equipe específica são pontos para os quais as empresas devem atentar.
“Já temos a identificação de locais para o possível enterro das carcaças e resíduos? Temos treinamento em compostagem? Já sabemos quais materiais podem ser desinfetados e quais deverão ser destruídos?”, ponderou.
Segundo a médica veterinária Dione Carina Francisco, organizadora do Curso, a primeira edição da iniciativa foi muito exitosa. “Tivemos a oportunidade de promover a troca de experiências entre os participantes e acender a luz de alerta sobre a complexidade de um possível plano de contingência, para o qual não nos preparamos do dia para a noite”, salientou.
“O setor avícola brasileiro tem muita expertise em debater e trabalhar a manutenção da biosseguridade em suas granjas. Porém, para além dessa expertise, há um ponto muito importante, que diz respeito a preparar o país para o caso de uma emergência sanitária, ou seja, do surgimento de um foco da Influenza Aviária Altamente Patogênica”, concluiu Dione.
O Sindiavipar foi fundado em 19 de novembro de 1992, e representa abatedouros e incubatórios de produtos avícolas paranaenses.
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